4 MAIORES ERROS QUE O PEQUENO EMPRESÁRIO COMETE

Uma a cada quatro empresas fecha suas operações antes de completar dois anos de vida. Essa estatística já é muito conhecida, e os motivos são quase sempre os mesmos: problema com o planejamento financeiro – fluxo de caixa e capital de giro –  ou posicionamento de mercado – querer vender para quem não quer comprar, ou entrar num mar de concorrentes fortíssimos.

Quando a empresa sobrevive aos primeiros anos, não quer dizer que está livre das estatísticas. Já que três a cada quatro empresas fecham antes de completar cinco anos de mercado. Ou seja, o problema só aumenta. Na intenção de colaborar para a mudança dessas tristes estatísticas do empreendedorismo brasileiro, vamos fala sobre os 3 maiores erros que o pequeno empresário comete:

1. NÃO TER CONTROLE DE CAIXA

Em geral, pequenos empresários possuem o mau hábito de misturar o dinheiro da empresa com o pessoal. Além disso, não controla a entrada e saída (fluxo de caixa) das contas da empresa. Ou seja, no final do mês, alguns até sabem quanto venderam, mas não sabem quanto gastaram para alcançar esse resultado. Sem conhecer o resultado, não percebe falhas. Sem perceber falhas, não encontra desperdícios. Sem encontrar desperdícios, só sabe que não tem dinheiro quando a conta fica no vermelho. E então, o que fazer? Fechar torna-se a única opção. Esse é um dos grandes erros que o pequeno empresário comete.

2. NÃO RETIRAR PRO LABORE

A retirada de pro labore – salário do dono – é vital para a pequena empresa permanecer em pleno funcionamento. E existe um motivo forte para isso: o dono precisa receber pelo trabalho executado tanto quanto qualquer outro empregado receberia! O início do negócio é difícil mesmo e exige investimento. Mas se após 6 meses ou 1 ano a empresa continuar “sugando” o trabalho do dono, sem entregar-lhe nenhum valor em troca, pode ser sinal de que o formato operacional da empresa não está sustentável e uma hora ela dará prejuízo, se já não estiver dando, com depósitos infindáveis dos sócios fazendo aporte atrás de aporte, sem retorno de capital. Trabalhar sem receber pro labore é outro grande erro que pequenos empresários cometem. O dinheiro na empresa mostra que ela está saudável. Se não tem dinheiro, não tem saúde. Precisa de cuidados. “Ah, mas ela se paga!”. Se ela se paga, mas não paga o empresário, qual é o motivo dela existir dessa forma? Escravizar o dono?

3. CONTRATAR PARENTE OU AMIGO

Esse é um tema bem polêmico. Isso porque alguns pequenos (e grandes também) empresários insistem em misturar negócios com vida pessoal. Para manter uma empresa funcionando e dando lucro, a sua operação, por menor que seja, deve ser profissional. Isso significa que as pessoas que ocupam cada cargo internamente devem ser competentes no que estarão fazendo. Contratar parentes ou amigos por generosidade, não por competência, é um ato ingênuo e desrespeitoso com a empresa e com os demais colaboradores que certamente terão seu trabalho impactado pela falta de preparo deles. Raramente o empresário consegue perceber esse erro de contratação, pois está envolvido com o problema. E quando percebe, o negócio pode já ter perdido colaboradores, clientes, ou fornecedores chaves e pode ser tarde demais.

4. FAZER ANTECIPAÇÃO DE CRÉDITO

A antecipação de crédito “come” até 20%, isso mesmo: vinte por cento do valor total de venda do produto ou serviço. Isso significa que, se o lucro sobre a operação seria 30% (que é altíssimo e poucos negócios conseguem essa margem), num apertar de botão da maquineta, passa a ser de 10%. Isso se os cálculos sobre o preço de venda estiverem corretos. Muitas, mas muitas vezes mesmo, os cálculos corretos não são feitos. Só aquele “jogo 100% sobre o preço da compra e pronto”. Essa atitude é P-E-R-I-G-O-S-Í-S-S-I-M-A!!!

Para evitar cometer esses e outros erros capitais para o pequeno negócio, é válida a busca de uma consultoria especializada em planejamento e gestão de empresas. Para clarificar todas as situações mais relevantes que envolvem todos os recursos da empresa. É uma decisão financeira de baixíssimo custo, quando comparado ao tamanho do prejuízo de ter um investimento de milhares de reais, sem retorno e ter que fechar as portas antes mesmo de começar a aproveitar a vida de empresário bem sucedido.